Um erro comum entre os novos empreendedores é não saber separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica. Quer saber como fazer? Veja nesse post.
Conta de água, conta de luz, despesas do carro, escolha das crianças, supermercado… Tudo isso e muito mais no cartão corporativo.
Essa é uma prática mais comum do que você pensa e não se limita apenas às empresas de pequeno porte.
É muito comum em grandes empresas que o proprietário ou os sócios misturem suas contas pessoais com as contas da empresa.
Esse tipo de ação, além de ser inaceitável levando em consideração o ponto de vista contábil, é um deslize financeiro muito perigoso.
Esse erro pode causar e agravar muitos problemas para a instituição, impedindo seu crescimento e até fazendo com que a mesma feche suas portas.
Separar as Contas da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica pode ser crucial para o desenvolvimento de uma empresa e não fazer isso pode trazer consequências irreversíveis, não importa o porte da mesma ou seu ramo de atividade.
Quer descobrir como separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica para evitar problemas futuros, inclusive de ordem criminal? Leia esse post até o final.
Consequências de Não Separar as Contas da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica
1. Impossibilidade de Um Planejamento Financeiro
Fazer um planejamento financeiro é mais importante do que parece, na verdade isso é fundamental para qualquer empresa.
É a partir do planejamento financeiro que todas as outras práticas da sua empresa poderão ser realizadas.
Uma empresa que não realiza seu projeto financeiro adequadamente não consegue tomar decisões estratégicas para o crescimento do da mesma.
Confira algumas consequências:
- Você não terá como fazer análises para aplicar seus investimentos no momento adequado;
- Será praticamente impossível fazer revisão de custos;
- Não será possível identificar boas oportunidades que venham otimizar seu negócio;
2. Dificuldade Pra Realizar Análises de Relatórios
Os relatórios são imprescindíveis para uma gestão realmente eficiente, já que deles depende todo o acompanhamento que uma organização deve ter.
Um relatório financeiro, entre outras coisas pode dar indicativos de como determinadas operações estão influenciando o resultado econômico do negócio.
Todo processo de decisão nos negócios depende diretamente de raciocínio a partir de informações, o que significa que a análise de relatórios pode definir o sucesso de uma empresa.
3. Dificuldade Para Conseguir Financiamentos Bancários
Na hora de ceder um empréstimo, os bancos nos sujeitam a inúmeras burocracias com o objetivo de fazer um negócio seguro.
Você obviamente deverá comprovar a situação financeira do seu negócio, através de documentos que comprovem entradas, saídas e lucros.
Caso você não pense em separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica, saiba que isso pode implicar muito na hora de solicitar financiamentos.
Tenha em mente que contas misturadas não permitem uma clareza maior da parte financeira do negócio.
Desse modo, os bancos não se sentem seguros para disponibilizar empréstimos.
4. Problemas Fiscais
Não separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica pode gerar riscos fiscais que vão afetar tanto a empresa quanto você.
O fato de os valores das retiradas não serem devidamente documentados pode te prejudicar enquanto pessoa física, já que o fisco pode tributá-los.
No caso da empresa, pode ser descoberta pela receita federal por realizar pagamentos de contas pessoais sem fazer diferenciação.
Resumindo toda essa história, você pode ter sérios problemas com o famoso leão do IR (Imposto de Renda).
Percebeu como pode ser complicado manter sua vida financeira pessoal junto com a da empresa?
Separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica – Dica Simples
A saída para fazer essa separação é fixar um valor a ser retirado mensalmente por você e seus sócios, se existirem.
Para fazer isso existem algumas possibilidades. Confira os tipos de remuneração:
- Pró-Labore: Termo do latim que significa “pelo trabalho” e diz respeito ao salário do administrador pelo trabalho prestado à empresa.
O pró-labore é diferente de dividendos e divisão de lucros e estende-se aos sócios.
Nessa modalidade de remuneração tudo que for acordado deve estar em contrato, inclusive se a pessoa em questão deve receber 13º salário, férias ou fundo de garantia.
- Dividendos: Nesse caso há uma divisão dos lucros entre os sócios todo mês. Os mesmos podem optar por reinvestir uma parte fortalecendo o caixa da empresa.
- Salário: é necessário definir um valor para ser retirado mensalmente de acordo com o que executa na empresa.
Separar as contas da pessoa física e da pessoa jurídica pode não ser algo tão simples e talvez o indicado seja procurar ajuda profissional para garantir que tudo sairá como desejado.
Caso não saiba por onde começar, uma ótima dica é procurar um consultor financeiro para auxiliar na criação dos seus controles financeiros, e isso certamente facilitará sua tomada de decisão, gerando mais lucros para o seu empreendimento.
Voltar